terça-feira, 14 de novembro de 2017

O que oferece segurança a um casamento?

O que oferece segurança a um casamento?
Rev. João França.
Introdução:
            A pergunta supracitada deve nos levar a reflexão sobre a questão do que oferece estabilidade a um casamento. Muitos têm oferecido respostas das mais diversas possíveis. E, nem sempre estas respostas são as mais adequadas, e por vezes, não reproduzem o ensino cristalino das Escrituras.
            Imaginemos que alguém na hora do seu casamento se ponha de pé e coloque diante de todos os  presentes esta pergunta basilar, mas em outros termos:
“Como... como alguém pode saber?” Surpresas, algumas pessoas fitaram o homem. Outras demonstraram indignação. E, quando a sua pergunta inesperada ecoou brandamente por aquele prédio, foi como se o tempo parasse, enquanto dezenas de pessoas, em silêncio, formulavam suas respostas, cada uma delas ouvindo na mente a sua própria voz. Eles estão apaixonados; o amor pode superar qualquer coisa – pensou a dama de honra. Compatibilidade é a chave. Este casamento é um fecho – pensou um amigo dos noivos. O pastor que ministrara aos noivos como jovens, conhecendo ambas as famílias por anos, disse a si mesmo: “Tudo se resume na questão da criação. Estes jovens cumprirão a jornada porque vêm de boas famílias”. Tio Bob, perito contador, apertou a gravata e riu discretamente. Você tem alguma idéia de como será o capital deles em poucos anos, amigo? Um bom planejamento financeiro elimina a maior causa de estresse que um casamento saudável pode sofrer. Eles leram todos os livros sobre casamento; o que mais precisam saber? – admirou-se o padrinho do noivo. Dando prosseguimento à cerimônia, o pastor incluiu sua solução. “Amados, estamos reunidos aqui para dedicar este casamento a Deus. Ele o tornará bem-sucedido. Oremos...” (HARVEY, 2009, p.16)

Vemos aqui que o pastor Davi Harvey em seu livro Quando Pecadores dizem “sim” trouxe essa questão para ser discutida nos relacionamentos matrimoniais. Notemos que uma das respostas apresentadas foi que eles “estão apaixonados; o amor pode superar qualquer coisa”, isso nos traz a mente o que dizem os autores Renato e Cristiane cardoso em seu livro Casamento Blindado:
Ninguém se casa por ódio. Até hoje não encontrei alguém que tenha pedido outra pessoa em casamento dizendo: “Eu te odeio! Quer casar comigo?” As pessoas se casam por amor. Porém, o índice de divórcios continua aumentando a cada ano. [...] Isso mostra que o “amor” que une as pessoas não tem sido suficiente para manter o casamento. Imaginar que aquele amor que vocês têm um pelo outro poderá não ser suficiente na hora da crise é assustador, não é mesmo? (CARDOSO, 2012, p.9)

Então, a resposta comum de que o amor manterá o casamento de pé, não é suficiente para isso. Caímos muitas vezes nesta falsa concepção sobre casamento e sua estabilidade porque ignoramos de fato a intenção de Deus no casamento. Ou não entendemos adequadamente o que seja o casamento.
I – Compreendendo Melhor o Casamento:
O que é o casamento?
1.      É uma instituição divina – isso quer dizer que foi ordenado e criado por Deus (Gênesis 1.27,28)
2.      É a união de um homem e uma mulher (Gn. 2.24)
3.      O casamento foi instituído para a felicidade do homem e para a propagação “da raça humana por uma sucessão legítima” (Confissão de Fé de Westminster. Cap. XXIX,  Seção II)
II – O compromisso: O que dá estabilidade no casamento.
Agora estamos pronto a responder a pergunta inicial deste estudo. “O que oferece segurança ao casamento” . E a resposta que o Pastor Adão Carlos nascimento em seu livro “Oficina de Casamento” nos oferece é  que o “Casamento que tem como base o amor não tem futuro”(NASCIMENTO, 2001 , p.16). E diz que a estabilidade familiar se dá no compromisso.  E a pergunta é: Por quê?
1.      O Compromisso Estabelece Alvos a Serem Alcançados.
Quando se pretende casar devemos levar em consideração a linguagem pactual do casamento, pois, ao fazermos “os votos conjugais, assumimos o compromisso de amar, honrar, cuidar e defender o nosso cônjuge e ser-lhe fiel, na saúde e na doença, na prosperidade e na adversidade, na alegria e na dor” (Idem) Isso implica que nos comprometemos a viver com o outro até o último suspiro de nossas vidas! É está “Lado a Lado”.
Como você pode ter segurança em um casamento se o seu cônjuge vive quebrando o compromisso feito? Todo casamento passa por crises! E o compromisso funciona  como um cabo de aço que nos ajudam a superar essas dificuldades. Imaginemos que você diga que ama Jesus, mas a questão é como você demostraria isso na prática, e então, a sua resposta talvez seja: eu frequento a igreja. Estou todo domingo na Igreja, eu não falto às reuniões da Igreja. Mas, a demonstração de amor a igreja está vinculada ao compromisso da obediência a sua lei  “Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada”. (João 14:.3 ARA).
2.      O compromisso produz segurança
“O amor é algo sublime, mas só o compromisso produz segurança”(NASCIMENTO, 2001, p.17). Essa é uma verdade incontestável. Imaginemos que você seja alguém que trabalha numa empresa e que deseja resolver os problemas dela apenas na base do sentimento. Isso dará certo? Claro que não! Lembre-se “o relacionamento entre os empregados não é de amor.” E, “Não se costuma ouvir funcionários dizendo “Eu amo meu patrão!”  nem vê-los escrevendo cartas de amor para o colega do departamento contábil.” (CARDOSO, 2012, p. 45) – Isto porque a relação deles é de compromisso, com objetivos definidos. Precisamos de segurança no casamento. E só o compromisso pode dar essa segurança. Os compromissos basilares são a submissão para a esposa (Efésios 5.22-23) e o amor dos esposos para com suas esposas (Efésios 5.25) notemos o imperativo que Paulo usa nestes textos!
3.      Compromisso é compromisso:
Quase sempre queremos quebrar o compromisso que estabelecemos com o nosso cônjuge. E esquecemos que nossas palavras são perenes, elas são compostas pelo famoso “sim, sim e não, não” – Palavra é palavra! Compromisso é compromisso, pacto é pacto.
Para compreendermos isso de forma bem ilustrativa a história do engano que Isaque sofrera é emblemática nesta temática (Gn. 27.2-10) e conhecemos a história! Esaú volta-se ao pai e pede para que ele impetre a benção novamente, mas a resposta de Isaque ( Gênesis 27.34,35). Nos revela que ele compreendia que a Palavra não pode voltar atrás.

Ninguém tem o direito de fugir ao compromisso assumido no casamento. O argumento de que o amor morreu não justifica a separação de um casal. Dietrich Bonhoeffer, no sermão pregado no casamento de sua sobrinha, afirmou: "Assim como é a posse da coroa, e não apenas a vontade de reinar, que faz um rei, da mesma forma, no casamento, não é somente o seu amor mútuo que os une perante Deus e os homens. Assim como Deus está acima do homem, assim também estão a santidade, os direitos e as promessas do casamento acima da santidade, dos direitos e das promessas do amor. Não é o seu amor que susterá o casamento, mas, doravante, é o casamento que susterá o seu amor.”(NASCIMENTO, 2001, p. 20)

terça-feira, 16 de junho de 2015

O LÍDER CRISTÃO – O PASTOR DO SEU LAR.

LÍDER CRISTÃO – O PASTOR DO SEU LAR.
Rev. João Ricardo Ferreira de França.
Salmo didático de Asafe Escutai, povo meu, a minha lei; prestai ouvidos às palavras da minha boca.  Abrirei os lábios em parábolas e publicarei enigmas dos tempos antigos. O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez. Ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, e ordenou a nossos pais que os transmitissem a seus filhos, a fim de que a nova geração os conhecesse, filhos que ainda hão de nascer se levantassem e por sua vez os referissem aos seus descendentes; para que pusessem em Deus a sua confiança e não se esquecessem dos feitos de Deus, mas lhe observassem os mandamentos; e que não fossem, como seus pais, geração obstinada e rebelde, geração de coração inconstante, e cujo espírito não foi fiel a Deus.
(Salmos 78.1-8)
Introdução:
            Já temos visto a importância da liderança espiritual no lar, e vimos que o homem cristão te uma enorme responsabilidade sobre os seus ombros como homem protetor e provedor de seu lar.
            Nesta noite temos um grande desafio para cada um de nós. O desafio de pastorear o coração de nossos familiares; pois, muitos de nossos lares estão cheios de impiedade, sem santidade e compromisso com Deus. Isto porque muitos homens não assumem o seu papel no lar de sacerdotes.
            Por outro lado, enfrentamos uma crise litúrgica, pois, muitas de nossas igrejas estão sem adoradores regulares porque falta muita espiritualidade nos lares dos crentes; falta compromisso com Deus e com a sua palavra.
            A igreja precisa de homens que caminhem com Deus, que ame a sua palavra que a tornem o centro de seus lares e a base de suas famílias. É necessário que as famílias resgatem o culto doméstico, pois, como alguém já disse: “uma casa sem culto doméstico não tem alicerce e nem teto”.
            Que tipo de homem Deus quer que você seja no seu lar ou no seu futuro lar? Moças que tipo de homem vocês devem procurar para casar?
I – O LIDER CRISTÃO DEVE TRAZER A PALAVRA DE CRISTO À SUA FAMÍLIA.
            Uma das principais dos pais em relação ao filho e a esposa é certamente trazer a Palavra de Deus à família; é instruir a sua esposa e seu filho na Palavra do Senhor. É sua responsabilidade purificar a sua mulher pela água da palavra (Efésios 5.26): “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra,”  - é responsabilidade ímpar dos maridos ensinarem as suas esposas a Palavra de Cristo; os homens tem essa responsabilidade como sacerdotes do lar de ensinarem pela palavra e com a palavra a vontade de Deus para as esposas.
            Também somos ensinados que, como pais, nós devemos ensinar a lei de Deus com diligência aos nossos filhos para que eles conheçam ao Senhor. (Deuteronômio 6.6-7): “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.
            É papel dos pais ensinarem ao seu filho o caminho da santidade e do temor a Deus, pois, devemos inculcar os preceitos de Deus aos nossos filhos! Pois, eles devem ser ensinados “na disciplina e admoestação do senhor” (Efésios  6.4).
            Nós devemos promover a religião familiar no dizer do pastor Puritano Richard Baxter. Pois, muitos homens acham que os pastores é que devem pastorear os seus lares, ensinar a Palavra de Deus as suas mulheres e filhos, todavia, conforme temos, visto esta é uma responsabilidade que recai sobre os ombros dos homens casados e não somente do Pastor. 
II – O LIDER CRISTÃO DEVE ORAR POR SUA FAMÍLIA E COM ELA.
            Você como pastor do seu lar deve de forma clara orar por sua família e nutrir uma vida de oração com ela. Ser um homem de oração em nossos dias é um grande desafio! Somos uma geração que desaprendeu a orar; não temos mais do quarto secreto da oração.
            Paulo recebeu uma prática salutar de seus pais que era a prática da oração constante, ele manifesta esta verdade ao orar por Timóteo e pela Igreja de Deus conforme ele mesmo diz em 2 Timóteo 1.3: “Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com consciência pura, porque, sem cessar, me lembro de ti nas minhas orações, noite e dia.” Nós como líderes de nosso lar devemos fazer como fez Jó. 1.1-5:
Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal. Nasceram-lhe sete filhos e três filhas. Possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; era também mui numeroso o pessoal ao seu serviço, de maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente. Seus filhos iam às casas uns dos outros e faziam banquetes, cada um por sua vez, e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles. Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração. Assim o fazia Jó continuamente.
            Aqui nós aprendemos algumas verdades importantes:
1.      Jó era um pai preocupado com a espiritualidade dos filhos: O texto nos informa que Jó procurava santificar cada filho; em outras palavras, ele procurava cuidar da alma de seus filhos como um sacerdote do lar.
2.      Ele realizava um culto a Deus com desprendimento: O patriarca levantava-se de madrugada para prestar um culto a Deus, pois, pensava que eles haviam pecado contra o senhor em seu coração; pastorar o coração dos filhos é um papel fundamental dos pais!
III – O LIDER CRISTÃO DEVE PROCLAMAR A PALAVRA DE CRISTO PARA O SEU LAR.
            Aqui há muita negligencia neste aspecto também. Muitos homens e mulheres são sobejamente injustos com os seus pastores, dizendo que eles não a sua devida atenção ao rebanho, mas George Whitefield alerta-nos para um fato interessante que muitos líderes dos lares de nossa igreja caem na mesma desgraça: “pois, cada casa é uma pequena paróquia, cada chefe de família é como um sacerdote, cada família como um rebanho, e se qualquer um deles perece devido à negligência do líder, das mãos deste ser requerido por Deus o sangue de quem pereceu”.
            Aqui vemos que muitos pais estão negligenciando o principio básico do pastorear as suas próprias famílias e de proclamar para elas a palavra de Cristo. Não trata-se e uma pregação formal, mas do transmitir a fé do passado, observemos o que nos diz o salmista no salmo 78.1-8:
Salmo didático de Asafe Escutai, povo meu, a minha lei; prestai ouvidos às palavras da minha boca.  Abrirei os lábios em parábolas e publicarei enigmas dos tempos antigos. O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez. Ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e instituiu uma lei em Israel, e ordenou a nossos pais que os transmitissem a seus filhos, a fim de que a nova geração os conhecesse, filhos que ainda hão de nascer se levantassem e por sua vez os referissem aos seus descendentes; para que pusessem em Deus a sua confiança e não se esquecessem dos feitos de Deus, mas lhe observassem os mandamentos; e que não fossem, como seus pais, geração obstinada e rebelde, geração de coração inconstante, e cujo espírito não foi fiel a Deus.

            Os pais (homem e esposa) tem a responsabilidade de passar a diante toda a história da redenção que Deus manifestou ao longo da história; proclamar Cristo no lar é a maior benção que um casal cristão pode receber do seu Senhor e Salvador.




quinta-feira, 7 de maio de 2015

PILARES EDIFICADORES DA FAMÍLIA

PILARES EDIFICADORES DA FAMÍLIA
Rev. João Ricardo Ferreira de França.
Colossians 3:18-21  18 Esposas, sede submissas ao próprio marido, como convém no Senhor.  19 Maridos, amai vossa esposa e não a trateis com amargura.  20 Filhos, em tudo obedecei a vossos pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor.  21 Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não fiquem desanimados.
Introdução:
         Estamos aqui nesta noite para falar-lhes de um assunto deveras importante. Importante para cada pessoa que se encontra aqui presente; é curioso virmos a uma conferência e tratarmos deste assunto. É como uma conferência de médicos que vão tomar como tema a importância do ar para a respiração e vida.
         Isso por si só seria um absurdo. É um absurdo vimos aqui nesta noite para tratarmos de um assunto, que ao meu ver, é de profunda relevância para a nossa vida em sociedade, para nossa vida em organismo vivo – que somo como humanidade constituída – e de como a família é o alicerce da Igreja.
         O tema que me foi proposto para abordar com vocês nesta noite tem sua significação, sua relevância e confesso que um tema por de mais pesado para mim. Sim, porque trata-se de um tema criteriosamente exigente e desafiador.
         O tema é enfático: “Pilares de edificação da família” – ora, chega até ser um tema redundante este tema – o que é um pilar? É aquilo que sustenta uma grande estrutura.  Então, devemos nos concentrar nisto nesta noite, espero que sejamos edificados, desafiados e constrangidos a fazer conforme nos ensina a Palavra de Cristo.
         Acho que a passagem que temos diante de nós diz tudo o que precisamos saber para abordamos este tema significativo. Temos aqui riquezas exegéticas singulares, temos aqui o mais puro ensino do evangelho de Cristo para cada um de nós, nesta noite, vamos até a lei ao testemunho, e vejamos a alva!.
Considerações iniciais:
A carta:
         A presente carta que temos diante é uma resposta de Paulo a um relatório de um jovem pastor chamado Epafras que pastoreava aquela igreja. (Col.1.7) para que o apóstolo Paulo e Timóteo (cap.1.1-3) corrigissem os problemas que a igreja tinha enfrentado.
Destinatários:
         A própria carta nos informa que ela se destina aos “santos e fiéis em Cristo, que estão em colossos”(1.2).
Data da cartaentre 50 e 55 AD.
Propósito: Acabar com o sincretismo religioso que estava presente na igreja de Colossos.
         Diante disso consideremos mais de perto o trecho de nossa palestra nesta noite. Que verdades nós aprendemos aqui neste texto? Que pilares edificadores para a família nós encontramos neste texto? Vejamos:
I – O PILAR DA SUMISSÃO:
         Notemos aqui neste texto como Paulo aborda esta temática. É preciso compreender isso de forma muito clara, pois, a nossa sociedade pós-moderna tem ensinado que a mulher tem galgado um espaço significativo, e que por isso, não deve de forma se submeter a vontade de alguém do gênero másculo.
         Ou seja, temos visto o feminismo ser a bola da vez, o feminismo com sua perspectiva de igualdade ou como de igualitarismo tem se aferrado ao conceito de submissão e tem colocado-o em xeque. O que fazer com esta palavra?
         Será que submissão significa desprezar a mulher, significa relegá-la a um segundo plano? Será que é isto que Paulo está ensinando? Será que é isto que o evangelho nos ensina? Não!.
         No grego temos a seguinte palavra: “u`pota,ssesqe” – hypotassesthe – este verbo  significa “sujeitar-se”. Algumas coisas são pertinentes neste texto:
a) é um verbo que está no tempo presente: e no grego a expressão sujeitar-se indica uma ação contínua – sempre vivendo de forma submissa, está é a ideia que temos no texto sagrado.
b) este verbo está no modo do imperativo: ou seja, a submissão não é optativa, mas é uma ordem. Paulo oferece as diretrizes para que uma família seja de fato edificada, é necessária que a mulher, a esposa, seja uma mulher sábia, e saiba viver sua submissão ao esposo.
c) O verbo está na voz passiva: isto significa que esta submissão é voluntariosa; pois, este é o conceito Paulino. E a resposta para esta submissão está no amor que é o vinculo da perfeição.
         A mulher não deve ser motivada pelo medo, ou pela insegurança a ser submissão ao seu marido, pelo contrário, o que deve motivar a submissão da mulher é ver no seu Marido a proteção, o afeto e carinho que este lhe reserva.
         Quero trazer uma palavra de alerta sobre este verbo. A submissão da mulher não significa que ela é o capacho do homem. Que deve ser alvo de desprezo longe disso. Por outro lado vocês mulheres devem levar em consideração um aspecto.
         Não permitir que o mundo lhes ensine o que não está na palavra de Deus. Notem o termo é sub-missão, significa ter uma missão abaixo; a mulher é chamada para ser auxiliadora idônea. Você tem uma missão que auxiliar seu esposo na criação do lar, na formação da família, você deveria está unida com seu marido, tratando-o com respeito, dignificando-o, honrando-o, somente assim teremos uma família realmente alicerçada, e profundamente estabelecida. É disto que as famílias precisam de mulheres sábias que saibam edificar sua casa. Que saibam levar a bom termo sua família e seu esposo pelos caminhos da graça que procedem do lar.
         Notem que a submissão é no Senhor, isto convém a Cristo que as esposas cristãs sejam submissas a seus maridos. Este é o ponto que precisa ser ressaltado em nossos dias, pois, se rebelar contra tal conceito é não considerar Cristo como profundo senhor da Igreja.
II – O SEGUNDO PILAR É O AMOR.
         Notem como Paulo segue a seqüência de seu texto: “vós, maridos, amai a vossas mulheres, e não vos irriteis contra elas.”
         Paulo agora se dirige aos maridos. Vocês querem saber qual pilar de fato edifica uma família. O amor. Simplesmente o amor. Notaram como o apostolo é enfático aqui neste texto? Paulo diz: Maridos. Amai – me surpreende o fato de que este imperativo não foi dirigido às mulheres. Tem uma razão? Sim. Os homens são os cabeças do lar; mas também a mulher tende a não aceitar a autoridade do marido no lar, e o marido tende a ignorar sua esposa.
         Aqui está o verdadeiro remédio pra os divórcios, para os conflitos, para as decepções – o amor que cura, e que restaura tudo; mas, preciso indagar, precisamos caminhar um pouco mais. Como o marido deve amar a sua esposa?
         Paulo nos responde isto no capítulo cinco de Efésios versículo 25 onde diz: “Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,” – isso é de grande importância.
         Vivemos em uma cultura onde se diz que o amor é fazer sexo, onde amor é sentimentalismo, onde amor é eu buscar a felicidade e se importar comigo. Nossa, vejam como isso é diferente do evangelho de Jesus Cristo. Vejam como isso está longe do padrão de Deus. Notem o que implica quando um homem se une a uma mulher. Vejam como o padrão é alto de mais para nós, para todos nos aqui.
         Você que ainda não casou já pensou sobre isso. Olhe como você deve amar sua futura esposa – do mesmo modo como Cristo amor a igreja. Não foi em vão que Paulo usou o verbo “avgapa/te” – agapate – que indica um amor sacrificial, no casamento, na família. Os maridos devem amar suas esposas com um amor que se doa, que se entrega, que está disposto a sofrer e a morrer pelo outro. Este é o alto conceito de família que temos.
         Como foi que Cristo amou a igreja? Ele se entregou por ela, a amou quando não havia beleza nela, a amou quando ela lhe dava as costas ao abraçar doutrinas estranhas, a amor mesmo sabendo que ela não tinha nada para oferecê-lo, ele amou a igreja naquela cruz, morreu por ela, e ressuscitou por ela, e a defende de seus inimigos, a ampara, cuida e zela pela igreja.
         Assim os maridos são desafiados pela palavra de Cristo nesta noite a amarem suas esposas. A amarem de forma incomensurável de uma forma inexplicável – um amor que não joga na cara as falhas, mas um amor que de fato perdoa, um amor que liberta, um amor que acolhe, um amor que une. Sim este amor faz com que o outro seja valorizado, seja notado, seja visto.
         Mas, o apóstolo não termina nestes termos ele continua e “não a trateis com amargura” (vs.19) “kai. mh. pikrai,nesqe pro.j auvta,jÅ”- kai me pikrainesthe pros autas -  notem como Paulo é pesado, o amor não se exaspera, não trata o outro com desprezo.
         A ideia do verbo pikrainesthe aqui é de alguém que ficou amargo, se tornou irritante, começou a tratá-la com descaso, desprezá-la. Note, que Paulo está falando isso para a igreja, não é para o mundo, não é para os descrentes, sim para os que são chamados de santos em cristo, são chamados de fiéis em Cristo Jesus.
         Quando o amor está ausente. O que resta é o desprezo e o sabor amargo da solidão. O divorcio chegou até o quarto dos casados e eles ficam em silencio se suportando quando na verdade deveria haver amor – um amor sacrificial presente por parte do marido.
         Matew Henri disse: “ a mulher não foi tirada da cabeça do home para que não chegasse a pensar que poderia mandar no seu marido; também não foi tirada dos seus pés, para que este não achasse que tinha o direito de pisar nela; mas foi tirada do seu lado, perto do seu peito, para ser amada, protegida e ser o centro dos afetos de seu marido” – é precisamente isso que precisamos resgatar este é o pilar fumdamental que precisamos em nossas famílas.
III – O TERCEIRO PILAR É A OBEDIÊNCIA.
         O terceiro pilar edificador de uma família certamente é a obediência. Paulo toca neste ponto importante ao dizer: “Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor.” (vs.20).
         Chamo sua atenção para o verbo obedecer que aparece aqui no texto. No grego temos “u`pakou,ete” hypakouete – a ideia é de dar ouvidos, imagem como isso é importante. Pois, em nossos dias, os filhos dão ouvidos aos amigos, buscam conselhos com os amigos – amam mais os amigos do que seus próprios pais acham que seus pais não sabem de nada.
         A Bíblia diz que devemos obedecer aos nossos pais. Este é o pilar singular, pois, muitos de nossos jovens estão no mundo, estão nas drogas, estão nas sarjetas porque ignoraram este preceito claro da verdade de Deus – note Paulo diz: “em tudo obedecei a vossos pais. Isso é importante. Isso é fundamental. Isso é bíblico. E por que?
a) justo ao Senhor: Deus ele quer de nós submissão aos nossos pais, porque somente assim termos uma família justa, honesta, e completamente equilibrada.
b) porque isso agrada a Deus: o grego usa a palavra “eucharistos” – boa graça. Ou seja, isso é agradável a Deus.
         IV-  O QUARTO PILAR É A COMPREENSÃO DOS PAIS PARA COM OS FILHOS.
         O último pilar é fundamental. Cobramos obediência de nossos filhos, mas nos esquecemos que por vezes transformamos nossos filhos no que eles são hoje.
         Note o que está escrito aqui: “ós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo.”(v.21) – sabem por que muitos filhos não se aconselham com seus pais? Aqui está a razão. Os pais os peritos em acabar com toda a perspectiva, com todos os sonhos de seus filhos.
         O desprezo para com os filhos é gritante em nossa sociedade, vamos chorar e lamentar profundamente porque estamos perdendo os nossos filhos, porque nunca valorizamos seus estudos, suas tentatativas, vivemos sempre chamando-os de incompetentes, que nunca serão alguém na vida, as vezes e quase sempre nos casamos com a igreja, vivemos para a igreja e esquecemos de nossos filhos, queremos prendê-los em nosso mundo, esquecendo-nos que eles tem os mundos deles.
         Não preparamos os nossos filhos para o mundo, antes os tiramos do mundo criamos um mosteiro espiritual e esquecemos que somos chamados para estimulá-los neste mundo.


sexta-feira, 24 de abril de 2015

VOCAÇÃO FEMININA Mamãe deveria ter me ensinado a depender financeiramente do meu Marido

VOCAÇÃO FEMININA


 Mamãe deveria ter me ensinado a depender financeiramente do meu Marido
Simone Quaresma.


INTRODUÇÃO*:
Ser dona de casa e depender financeiramente do marido: Medos modernos.
• Medo de ter que pedir dinheiro "até para comprar um batom":
Este é um medo clássico que brota no coração de mulheres imersas numa cultura feminista. Como será a minha vida se eu tiver que pedir dinheiro ao meu marido para minhas necessidades mais básicas? Seria muita humilhação!
Na verdade, pensar assim é ignorar por completo a forma como Deus designou que uma família funcionasse. Este pensamento provém de uma distorção dos padrões familiares instituídos por Deus. Isto é compartimentar a família, é não entender que os dois são um, que tudo que pertence a um, pertence ao outro, que todos os ganhos são destinados ao bem comum.
 O casamento não é uma união onde duas pessoas têm vidas paralelas, cuidam das próprias necessidades e apenas se encontram para jantar e dormir. O casamento é uma associação que visa o bem estar e o crescimento mútuo, onde tudo gira em torno do bem comum. E na área das finanças do casamento não poderia ser diferente!

I – MULHERES HUMILHADAS?

Ouço muitas mulheres dizerem que se sentem humilhadas por não terem seu ‘próprio dinheiro’, por não ganharem um salário! Ora, o salário de seu marido é o seu salário! Ele foi constituído provedor exatamente para te sustentar! Isto não é um favor, é uma obrigação! Você foi constituída auxiliadora idônea justamente para dar a ele condições, ao ficar na retaguarda, para que ele vá o mais longe possível no trabalho e nos estudos, sem preocupação alguma, pois tem alguém de confiança cuidando de sua casa e dos seus filhos. Ele está livre para ganhar o sustento da família! Você está ali para suprir a casa enquanto ele está nas ruas!
Não é esta a descrição da mulher virtuosa de Provérbios 31? Lá está aquela mulher trabalhadora, que levanta ainda noite para cuidar da casa, fazer roupas, vender o que sobra aos mercadores. Ali está ela, no interior de seu lar, dando ordens às criadas, atendendo ao bom andamento de sua casa e falando e instruindo com sabedoria. Ela cuida até dos necessitados ao redor. O coração do seu marido confia nela! Ele está livre para se assentar com os anciãos da terra e cumprir com seus deveres na sociedade. Ele tem toda a logística da casa funcionando bem! Ele é estimado entre os juízes que reconhecem como sua vida familiar é bem ordenada. Eles são um time!

II – O LOUVOR DA MULHER EM DEPENDER DO MARIDO.

Esta mulher parece se sentir humilhada por não estar, ela mesma, assentada entre os anciãos da terra? De forma alguma! Ela é, isso sim, louvada por seus filhos que a chamam ditosa, e por seu marido que reconhece seu magnífico trabalho na manutenção da boa ordem do lar e diz: “muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas.”
Outro texto que nos trás à lembrança a justiça feita para com os que ficam na retaguarda é I Samuel 30. Naquela ocasião, Davi, fugitivo pelos desertos com seus homens, teve suas mulheres e crianças levados cativos pelos amalequitas. Na estratégia de recuperá-los, Davi ordenou que parte do grupo, que estava mais cansado, ficasse guardando a bagagem de todos. O restante partiu para a peleja e recuperaram as mulheres, crianças, gado e absolutamente tudo que os amalequitas haviam levado. Quando chegaram de volta, homens maus, chamados de filhos de Belial, sugeriram a Davi que desse aos homens que tinham ficado com a bagagem, apenas suas mulheres e crianças. Eles acharam que estes não tinham direito aos despojos. Mas Davi não concordou com esta injustiça: “Quem vos daria ouvidos nisso? Porque qual é a parte dos que desceram à peleja, tal será a parte dos que ficaram com a bagagem; receberão partes iguais. E assim, desde aquele dia em diante, foi isso estabelecido por estatuto e direito em Israel, até ao dia de hoje.”
 O princípio de justiça estabelecido aqui é o mesmo! Eles formavam uma equipe e, cada um cumpria a sua parte para que o alvo fosse alcançado e o ‘despojo’ era de todos, igualmente de todos!
Portanto, minha irmã, o dinheiro ‘do seu marido’ não é dele, é da família! E sendo dinheiro da família precisa ser usado para o bem comum, designado para as necessidades de todos e usado com o consentimento de ambos para suprir o todo! Não sinta vergonha de viver da forma como Deus ordenou.

III – MEDO DA PERDA

• Medo de perder o provedor:
Este é um motivo muito digno, em princípio. Ter medo que seu esposo a abandone ou morra, não pode, no entanto, ser um sentimento que governe a sua vida. Quando Deus estabelece padrões, ele os estabelece para que os cumpramos, não para que fiquemos conjecturando se são ou não seguros para nós. Não podemos entrar no casamento já nos planejando para ser abandonadas. Não podemos pautar nossas vidas nas possíveis tragédias que possam nos sobrevir. Você sai de casa todos os dias se planejando para não voltar, temendo morrer no caminho? Deixa roupas preparadas e comida pronta para sua família sobreviver sem você durante a primeira semana, caso algo terrível te aconteça? Não? Mas isso pode REALMENTE acontecer! As chances de morrermos todos os dias, são muito maiores do que as chances de permanecermos vivas! E o que nos faz agir como se fôssemos terminar o dia de hoje? Pode parecer um exemplo exagerado, mas não é. Se não vivemos assim quanto ao dia da nossa morte, por que precisamos viver assim quanto ao dia de amanhã?
Como podemos resistir ao “mantra” repetitivo que ouvimos todos os dias: “você não pode depender de homem”, “você precisa dar seu jeito de se manter independente dele”, “o que acontecerá com você e com as crianças se ele for embora?”? Como não ser contaminada pelas ideias feministas de autonomia e de cada um por si? Como não sermos assombradas pelo medo de nosso marido nos abandonar e nos deixar passar fome? Em primeiro lugar, devemos nos lembrar que desde que o mundo é mundo, estas covardias acontecem. Não é exclusividade da nossa era ter homens irresponsáveis e egoístas que abandonam suas famílias.
 Por outro lado, sabemos que o Senhor é quem nos sustenta, não o nosso trabalho ou o de nosso marido. Ele é quem provê o pão de cada dia! Foi Ele quem alimentou o povo no deserto durante 40 anos. Será que esquecemos esta verdade? Será que temos confiado em nosso próprio braço para suprir aquilo que é mais essencial à vida humana, que é o alimento cotidiano? Será que temos procedido como os pagãos, que não têm Deus e precisam se calçar de todas as artimanhas possíveis para manter seu sustento e sua vida? Se você tem se esquecido de quem realmente tem colocado o pão em sua mesa todos os dias, vale à pena lembrar do ensino das Escrituras a este respeito:
não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?
 Mateus 6.25-30.
 Que este ensino tranqüilize o nosso coração, e tire de nós a prepotência de achar que somos nós que provemos alguma coisa! Quanto ao dia de amanhã?
Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.
 Mateus 6.31-34.
Nosso dever é obedecer ao chamado do Senhor no desempenho de nossos papéis, o suprimento e o cuidado diário vêm de suas bondosas mãos.

IV – O DESEJO DE SER SOLTEIRA ESTANDO CASADA.


• Desejo de manter o padrão de solteira:
Este é outro dilema enfrentado pelos jovens que pensam em se casar. Eles desejam ter, no primeiro ano de casados, aquilo que seus pais só obtiveram depois de anos de muitas lutas e privações. Os casais de alguns anos atrás se casavam para construir a vida juntos. Eles não tinham carro, casa ou viagens maravilhosas de lua de mel. Os casais de hoje, influenciados pela forma de pensar deste mundo que serve e ama Mamom, têm um padrão muito elevado a perseguir. Sua casa tem que ser própria, com móveis planejados, porcelanato no piso, televisões gigantes na sala. O requinte e o luxo se espalham pela cozinha, com eletrodomésticos de última geração e também pela garagem com um carro zero estacionado. Não importa que a renda do marido não seja suficiente.
Se a vida de solteiro tinha estes privilégios, a vida de casados precisa, a qualquer custo, seguir este padrão. A esposa precisa, então, gerar renda para manter estes luxos. A maternidade é adiada e a vida à dois se resume a escassos e furtivos momentos juntos. Eles precisam ganhar dinheiro. Eles não podem ter menos do que tinham anteriormente. Eles não podem começar de baixo.
Os pais têm falhado em ensinar estas lições a seus filhos. Os pais não querem que seus filhos passem pelo aperto que eles passaram no começo da vida e tentam protegê-los das lutas que virão. Mal sabem eles que, agindo desta forma, estão tirando dos filhos o privilégio e a honra de passar por situações difíceis juntos, de crescer juntos e de construírem uma vida juntos. Mamãe deveria ter me ensinado que quando eu me casasse eu não teria todas as mordomias que estou acostumada a ter no meu lar de origem, que levou décadas para obter este padrão. Mamãe não deveria tentar me poupar de situações que são necessárias à vida de qualquer jovem em começo de casamento.
Quando uma moça se dispõe a seguir um rapaz, tornando-se sua esposa, deveria estar ciente de que está se desligando por completo de sua família de origem e passando a ser uma só carne com ele e com o padrão de vida dele! Já pararam para pensar nisso, meninas? Quando você se casa, deve estar disposta a viver com o salário que seu marido ganha e deve se contentar com o tipo de vida que ele pode te dar. Se você acha que não será feliz se casando com um rapaz mais simples, que ganha pouco, que lhe dará uma vida sem luxo, você tem duas opções: não se casar com ele, ou mudar seu coração, que está posto no dinheiro e no conforto.
 Se você não está disposta a rever seus valores, é melhor que não se case com ele, do que se casar pensando que pode dar um jeito na situação sendo a provedora. “Eu tenho mais gosto pelo estudo do que ele, então não tem problema. Eu faço um concurso público, ganho bem, e ele não precisará se preocupar em prover os luxos que preciso. Eu cuido disso.” Já ouvi estas frases dezenas de vezes de moças que se casam com rapazes pobres e que não têm perspectivas de crescimento profissional ou intelectual. Ela cuida desta parte. E da parte dela, quem cuida?
Se não estamos dispostas a viver com o salário de nosso marido, precisamos rever o que a Bíblia fala sobre riqueza, sobre as reais necessidades que temos, assim como o Apóstolo Paulo nos ensinou: “ porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece.” Filipenses 4.11-13


FONTE:

Via Mulheres Piedosas:

INFORMAÇÕES SOBRE A AUTORA:

* Simone Quaresma é casada há 24 anos com o Rev. Orebe Quaresma, pastor da Congregação Presbiteriana de Ponta da Areia em Niterói, Rio de Janeiro.
Professora de educação infantil, deixou a profissão para ser mãe em tempo integral de 4 preciosidades: Lucas (22 anos), Israel (20 anos), Davi (18 anos) e Júlia (16 anos). Ela mantém o blog Se Eu Gostasse de Ler…  de leituras diárias para os jovens da Congregação pastoreada por meu marido; trabalha com aconselhamento e estudos bíblicos com as mulheres da Congregação.





* Os tópicos pertencem ao editor deste e-book e forma inseridos para fixar a temática desenvolvida ao longo do texto.